domingo, 4 de dezembro de 2011

Balaiada (em resumo)

Local e data: Maranhão e Piauí, 1838 a 1841.
Grupos sociais: sertanejos, vaqueiros e escravos.
Líderes: Raimundo Gomes (vaqueiro) e Cosme Bento (ex- escravo).
Causas: insatisfação com o presidente da província nomeado pela regência, disputa pelo poder local, crise de exportação do algodão (sofria concorrência com os Estados Unidos) e revolta dos vaqueiros, escravos fugitivos e produtores de balaios.
Objetivos: lutar contra a miséria, a escravidão e os maus-tratos.
Desfecho: repressão violenta, morte de cerca de 12 mil revoltosos.


(por Prof. Rafael - via slides sobre a revolta ministrados em sala de aula)

Imagens da revolta





Repressão do movimento

     Para combater a revolta dos balaios, o coronel Luís Alves de Lima e Silva contou com um armamento um tanto quanto poderoso e com cerca de oito mil homens comandados. A desarticulação de vários braços revoltosos da Balaiada e a desunião em torno de objetivos comuns, facilitou bastante a ação repressora estabelecida pelas forças governamentais lideradas pelo coronel Luís Alves de Lima e Silva.
     Todos os negros fugitivos acusados de envolvimento na revolta foram reescravizados.Os líderes balaios foram mortos em batalha ou capturados. Destes últimos, alguns foram julgados e executados, como Cosme Bento, que foi enforcado
     Sousa Martins recebeu o título de Visconde da Parnaíba por ter contribuído na contenção da revolta na província do Piauí.
     O combate aos balaios foi duro e violento. A perseguição só terminou em 1841, quando tinham morrido cerca de 12 mil revoltosos.

O movimento

     O acontecimento que deu início à revolta foi a detenção do irmão do vaqueiro Raimundo Gomes, da fazenda do padre Inácio Mendes (bem-te-vi), por determinação do sub-prefeito da Vila da Manga (atual "Nina Rodrigues"), José Egito (cabano).
     Em dezembro de 1838, contrariando a prisão do irmão, Raimundo Gomes, com o apoio de um contingente da Guarda Nacional, invadiu o edifício da cadeia pública da povoação e o libertou. Em seguida, Raimundo Gomes conseguiu o apoio de Cosme Bento (ex-escravo que liderava um grupo de três mil escravos evadidos), e de Manuel Francisco dos Anjos Ferreira (fazedor de balaios).
     Para combatê-los Luís Alves de Lima e Silva foi nomeado presidente e comandante das Armas da Província, o coronel que venceu os revoltosos na Vila de Caxias com isso foi promovido a General e recebeu o seu primeiro título de nobreza, Barão de Caxias, e inicia aí a sua fase de "O Pacificador".

Idealizadores da revolta

     Os principais líderes populares da revolta da Balaiada foram: Manuel Francisco dos Anjos Ferreira (fazedor de balaios, principal idealizador e foi dai que surgiu o nome "Balaiada"), Cosme Bento das Chagas (chefe de um quilombo que reunia aproximadamente três mil negros fugitivos) e Raimundo Gomes (vaqueiro).

Motivos da revolta

      A economia agrária Maranhense atravessava uma grande crise. Sua fonte de renda, o algodão, vinha perdendo seu espaço no mercado devido à forte concorrência internacional do algodão produzido nos Estados Unidos, que possuía um produto de melhor qualidade e com um preço mais acessível.
     Essa crise econômica tendia sempre a prejudicar a população de baixa renda, ou seja, um vasto grupo de pessoas formado por vaqueiros, sertanejos e escravos.
     Revoltados com essa lastimável situação, essa multidão de pessoas resolveram se juntar e lutar de alguma maneira contra essas injustiças (miséria, fome, escravidão e maus-tratos).
     Havia também uma grande insatisfação política por parte da classe média maranhense, que assim formava o grupo dos bem-te-vis. Foram os bem-te-vis que iniciaram a revolta contra os grandes proprietários de terra maranhenses, mas também contaram com a ajuda em massa de outro grupo, que foi fundamental na revolta.

A Balaiada (1838-1841) - Maranhão

     A Balaiada foi uma importante revolta de caráter popular, ocorrida entre 1838 e 1841 na província do Maranhão, e que após a tentativa de invasão de São Luiz, dispersou-se e estendeu-se para a vizinha província do Piauí.